SUICÍDIO NA ADOLESCENCIA – de quem é a culpa?

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 A Adolescência concebida como uma fase da personalidade surge na década de 1970, após a Segunda Grande Guerra.

Até o século XIX, a sociedade não concebia a ideia de uma fase transitória. Naquela época, o indivíduo deixava de ser criança entre dez e quatorze anos e passava prontamente para a vida adulta: de um dia para o outro, começava a imitar o jeito de vestir e falar dos adultos, além de adquirir as mesmas obrigações e gostos.

Quem criou o termo “adolescente” foi o psicólogo Granville Stanley Hall, em 1898. Entretanto, a palavra adquiriu significado social após a Segunda Guerra, quando nasceu o rock ‘n’ roll e a revolução cultural, que afetou somente os mais jovens.

Então, o reconhecimento social da adolescência tem início a partir da última metade do século XX com a identificação da adolescência como uma etapa marcada por tormentos e conturbações vinculadas à emergência da sexualidade.

Nos dias atuais, compreendemos a adolescência como uma continuidade da infância, ou seja, os conflitos vivenciados na infância serão vivenciados novamente, porém, com novidades importantes para o jovem: a presença da força física, o aumento da estatura, a presença dos hormônios sexuais, o pensamento plenamente desenvolvido e a inserção na sexualidade.

As alterações são significativas: os valores da família e da sociedade serão questionados e confrontados, os amigos se transformarão na referência afetiva, as exigências sociais de estudo e trabalho impõem-se e as alterações cerebrais provocarão oscilação do humor, a busca pela novidade, os excessos (como música alta, por exemplo), os comportamentos de risco (violência, álcool e drogas, acidentes).

A vulnerabilidade e a fragilidade serão companheiras do adolescente que vivenciando tantas modificações carece da experiência e do discernimento necessários para as suas escolhas.

Os adolescentes, portanto, precisam de acompanhamento, cuidado e atenção. E o melhor que podemos fazer por eles é criar valores sociais de acolhimento e respeito à diferença, assim como oportunidades reais de futuro promissor e esperançoso.

Os avanços da medicina, da psiquiatria e da psicologia podem prestar auxilio significativo em muitos casos, no entanto, o adolescente deve sentir que vale a pena ser tornar adulto em nossa sociedade, que existe um bom lugar para ele mais adiante, e que, naturalmente, a vida possui uma sequência em fases.

Essa responsabilidade é de todos nós!!!

confira o vídeo sobre o assunto:

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