Depressão – sinais de melhoria
O paciente com o quadro clínico de Depressão apresenta acentuada vulnerabilidade emocional porque a tristeza, a angústia, a lentificação (nos gestos, na fala, no pensamento, no comportamento), o pessimismo, as alterações do sono e do apetite, as ideias negativas (de culpa, de autodesvalorização, de suicídio) criam uma condição de sofrimento, desamparo e susceptibilidade.
O tratamento acontece através de medicamentos, os antidepressivos, e a psicoterapia. A medicação ministrada de forma correta e bem assimilada pelo organismo do paciente produz alívio dos sintomas mencionados acima devolvendo certo bem-estar e a capacidade de retomar as atividades cotidianas.
O alívio da angústia e a capacidade de retomar as atividades produzem um efeito poderoso trazendo certo estado de ânimo e a crença (esperança) de que as coisas podem melhorar. O que é crucial para o deprimido: ele precisa reagir.
A medicação não elimina o sofrimento e a tristeza, mas restaura a confiança, o que é um grande incentivo para o enfrentamento que o paciente precisa realizar: reconhecer as causas da depressão, enfrentar o luto e fortalecer a vulnerabilidade às perdas.
Para tanto, a psicoterapia é o mais indicado. Trata-se de um processo de autoconhecimento cujo objetivo é auxiliar na conquista de recursos internos para enfrentar os conflitos emocionais, os desajustes, as incapacidades. E, na medida em que o processo evolui, o deprimido constrói uma nova maneira de pensar a si-mesmo e a vida.
O ideal seria que os dois tratamentos acontecessem ao mesmo tempo, mas, na realidade, o tratamento medicamentoso é o mais procurado.
Existe ainda uma questão a ser considerada: o paciente reage, melhora o seu quadro geral, volta a uma vida quase normal, mas ainda não superou a doença. E as tentativas de suicídio, em sua maioria, ocorrem justamente na fase “boa” da recuperação.
Então, retomar as atividades cotidianas e demonstrar bem-estar, é um bom sinal em relação à depressão, mas não elimina a sua influência. É necessário acompanhar de perto o paciente até que a alta médica seja prescrita.
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