Ataque de pânico
O homem pós-moderno, além de apresentar dificuldades que o deprimem, apresenta também dificuldades com a ansiedade.
E dentre essas dificuldades está o famoso (e temido) Ataque de Pânico. Do que se trata?
O Ataque de Pânico se constitui num descontrole emocional intenso, que atinge um pico elevado e, gradativamente, retorna para o ponto inicial (o estado anterior).
O descontrole é caracterizado por uma grande descarga hormonal seguida por uma série de sintomas pelo corpo e descrito como uma súbita e intensa sensação de medo.
A pessoa, durante o ataque, sente que perdeu o controle da mente e do corpo, que está enfartando, que está sufocando (não consegue respirar), e que, portanto, está à mercê de um perigo iminente que resultará em tragédia.
Os sintomas são diversos: dores no peito e desconforto, taquicardia, palpitações, tremores, sudorese, tontura, hiperventilação, calafrios, ondas de calor, náusea, desmaio, dor de cabeça, dores abdominais, dificuldade para respirar, falta de ar, sufocamento, dormência e formigamento nas mãos, nos pés ou no rosto, dificuldade para engolir, sensação de estar com a garganta fechando.
Acontece também a presença de dois sintomas apavorantes: a despersonalização, por minutos a pessoa não sabe quem é, e a desrealização, por minutos a pessoa não reconhece o lugar em que está.
Geralmente, durante o ataque, o ansioso é conduzido ao hospital, faz exames e os resultados não indicam qualquer problema orgânico, o que sugere problema com a ansiedade: o diagnóstico é ataque de pânico.
O ataque de pânico enquanto ataque é evento único, ou seja, acontece poucas vezes: uma, duas ou três; passando disso, se transforma em Transtorno/Síndrome do Pânico.
Na hora do ataque, um dos recursos possíveis reside na tentativa de controlar a respiração, criando um foco para distrair a mente: enquanto pensa em algo específico, o ansioso inspira e expira lentamente fazendo com que o ar entre nos pulmões lhe devolvendo a sensação do controle das funções corporais.
As técnicas de relaxamento como meditação e massagem também podem auxiliar assim como se mover para um ambiente mais tranquilo, arejado e seguro. No entanto, o importante é descobrir a origem do medo, o contexto que permite a sua manifestação e tratá-lo.
A psicoterapia e os medicamentos antidepressivos, além do uso de benzodiazepínicos, são as indicações para o tratamento das dificuldades com as ansiedades. E a boa notícia é que o prognóstico tende a ser positivo: o uso da medicação correta e o acompanhamento psicológico ajudam o paciente a retornar às atividades cotidianas e levar uma vida com qualidade.
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