Agorafobia – Transtorno de Pânico

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Em geral, a maioria das pessoas diagnosticadas com Agorafobia apresenta o quadro depois de ter um ou mais ataques de pânico. A lembrança dos ataques faz com que o paciente se preocupe com um novo ataque e, portanto, evite os lugares onde possa ocorrer novamente.

A pessoa nessas condições não se sente segura nos lugares públicos, principalmente, se há aglomeração e muito movimento. Em diversos casos, o portador da patologia necessita de alguém em que confie (cônjuge, parente, amigo) para acompanhá-lo aos referidos lugares.

E o medo pode ser tão intenso que o paralisa fazendo com que não saia mais de casa, se isolando por meses e anos. Dessa forma, existem situações típicas em que uma crise se manifesta e o paciente, então, procura evitar: ficar sozinho dentro ou fora de casa; viajar de ônibus ou de avião; espaços com multidões; filas de espera; espaços fechados como cinemas e lojas; espaços abertos como parques, feiras e estacionamentos; sentar no meio de uma sala de aula, teatro ou cinema; transporte público; locais onde a possibilidade de saída ou fuga não seja fácil.

Os principais sinais e sintomas físicos e psicológicos da Agorafobia são:

– os físicos: aumento da frequência cardíaca; hiperventilação ou falta de ar; dor ou pressão no peito; tonturas; formigamento no corpo; suor excessivo; calafrios; náuseas; diarreia; desmaios.

– os psicológicos: medo de morrer; medo de lugares cheios; medo de ficar ou sair sozinho; ansiedade; baixa autoestima; insegurança.

A causa exata dos distúrbios de ansiedade é desconhecida e a Agorafobia geralmente ocorre, como visto, em conjunto com os distúrbios do pânico. Além do medo de apresentar as crises em determinados lugares, outros fatores podem contribuir para o seu aparecimento: a genética; alterações na química ou atividade cerebral; ter um sistema nervoso que reage ao estímulo excessivamente mais do que o normal; maior conscientização das mudanças físicas, como aumento da frequência cardíaca; pensamento distorcido, que pode iniciar um período de medo.

O caminho mais comum para o tratamento é a psicoterapia seguida ou não por medicação. E, no tratamento psicoterapêutico, o primeiro passo é a compreensão do que está acontecendo: causas, sintomas e consequências.

Após o entendimento do que é Agorafobia e como ela afeta o comportamento, o paciente passa por um processo de descoberta sobre o gatilho que provoca as crises.  O entendimento do que ocasiona os episódios pode ocorrer rapidamente ou pode ter um significado mais profundo, portanto, o tempo de tratamento varia dependendo de cada indivíduo. A etapa seguinte é o tratamento do que foi considerado o causador dos incidentes agorafóbicos.

Reafirmando: o tratamento pode ser feito com a combinação de medicamentos e terapia, mas o uso dessas substâncias deve ser indicado por um médico especializado, ou seja, nunca por automedicação, e com acompanhamento contínuo. As medicações mais comuns a serem utilizadas são os inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS), ansiolíticos e sedativos.

É necessário ainda orientar os familiares sobre o quadro clínico, pois, os pacientes alteram a dinâmica familiar solicitando que os acompanhem aos lugares que consideram perigosos.

Para finalizar: toda pessoa que sofre com o “medo de ter medo” deve procurar ajuda. A Agorafobia tem um impacto severo na qualidade de vida e o tratamento devolve ao paciente a possibilidade de desfrutar de uma rotina normal, sem pavor, sem fugas, sem urgências descabidas.

É isso.

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