Transtorno de Estresse Pós Traumático

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O transtorno do estresse pós-traumático (TEPT) se constitui num distúrbio da ansiedade caracterizado por um conjunto de sintomas físicos, psíquicos e emocionais em decorrência do indivíduo ter sido vítima ou testemunha de situações violentas, que representaram ameaça à sua vida ou à vida de terceiros.

A questão é que o tempo passa e ele não consegue esquecer o ocorrido, e as lembranças fazem com que reviva a situação como se estivesse acontecendo naquele instante e com a mesma sensação de dor e sofrimento que o agente estressor provocou. As referidas recordações desencadeiam alterações neurofisiológicas e mentais.

Os estudos recentes sobre o tema revelam que de quinze a vinte por cento das pessoas que, de alguma forma, estiveram envolvidas em casos de violência urbana, agressão física, abuso sexual, terrorismo, tortura, assalto, sequestro, acidentes, guerra, catástrofes naturais ou provocadas, desenvolvem esse tipo de transtorno.

Os sintomas podem se manifestar em qualquer faixa etária e demorar meses ou anos para se manifestarem. São eles:

– pensamentos recorrentes e intrusivos que remetem à lembrança do trauma, pesadelos, flashbacks;

– esquiva e isolamento social: a pessoas fogem das situações que possam reavivar as lembranças do trauma;

– taquicardia, sudorese, tontura, dor de cabeça, distúrbios do sono, dificuldade de concentração, hipervigilância, irritabilidade;

– despersonalização: a pessoa não sabe quem é por alguns instantes;

– desrealização: a pessoa não sabe em que lugar está (nem como chegou até o local) por alguns instantes.

O diagnóstico é realizado através da identificação dos sintomas e a confirmação vem da repetição dos sinais, aliadas a uma perturbação que prejudica as atividades cotidianas do paciente.

Além disso, alguns exames podem ser realizados para avaliar marcadores biológicos do estresse como a dosagem do cortisol e hormônios da hipófise, da tireoide ou sexuais.

O objetivo do tratamento é diminuir os sintomas apresentados pelo paciente, assim como entender os motivos e os eventos que impulsionam lembranças negativas para amenizar o impacto na vida da pessoa.

A forma mais comum de tratamento resulta da associação entre a terapia cognitivo-comportamental (TCC) e a medicalização com ansiolíticos ou antidepressivos.

O trabalho do profissional estará associado diretamente ao relato do trauma que causou o transtorno, demonstrando como o paciente pensa e se sente em relação ao evento. Ao longo das sessões, ele pode ressignificar as consequências do trauma e resolvê-lo, de uma vez por todas.

O apoio das pessoas que convivem com o paciente e que ele confia (família e amigos) é fundamental para a melhoria dos sintomas. Outras práticas como técnicas de relaxamento, meditação e exercícios físicos também podem ser de grande auxílio.

Assista também o vídeo:

https://youtu.be/jEKrnGBAv3w

 

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